Cai coberta de terra e pó
minha vida que trepida
em divagares de subida
quando desce o rumo só
Despedaça, descontente
tropicares de cascalhos
que ali deixam retalhos
ao laranjar do meu poente
Caem n'alguma fóvea gris
os passos deste Mercúrio
que o seu soalho ebúrneo
jamais o teve, sempre o quis
E essa terra em que pisei
cisada, perene em dor
silencia plena em temor
à quimera do falso Rei.
2 comentários:
Tudo muito bom por aqui, parabens. Indicarei nas minhas páginas, aguarde.
Abração
www.luizalbertomachado.com.br
A vida é mesmo uma tecelã imprevisível...que surpresa agradável, ler teu blog, e descobrir médico-músico e poeta...enfim, uma alma sensível que sabe sentir e poetar...
Parabéns! E obrigada por oportunizar conhecer esse "outro" escondidinho.
Martha Helena
Ah! gostei de teu comentário no meu blog...
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