sexta-feira, 26 de novembro de 2010



Cai coberta de terra e pó
minha vida que trepida
em divagares de subida
quando desce o rumo só

Despedaça, descontente
tropicares de cascalhos
que ali deixam retalhos
ao laranjar do meu poente

Caem n'alguma fóvea gris
os passos deste Mercúrio
que o seu soalho ebúrneo
jamais o teve, sempre o quis

E essa terra em que pisei
cisada, perene em dor
silencia plena em temor
à quimera do falso Rei.

2 comentários:

Luiz Alberto Machado disse...

Tudo muito bom por aqui, parabens. Indicarei nas minhas páginas, aguarde.
Abração
www.luizalbertomachado.com.br

Martha Helena disse...

A vida é mesmo uma tecelã imprevisível...que surpresa agradável, ler teu blog, e descobrir médico-músico e poeta...enfim, uma alma sensível que sabe sentir e poetar...

Parabéns! E obrigada por oportunizar conhecer esse "outro" escondidinho.

Martha Helena

Ah! gostei de teu comentário no meu blog...