Há poesia no pulsar de tudo
que é intensamente mordaz
e também naquilo tudo
que é silêncio e pesar
Nas auroras mornas, acalentadas
e nos invernos de lassidão
- enfadonha e inebriante
essa poesia que não operamos
Somos mais do que é possível
quando é de vida e de tempo
o nosso trottoir, vagar e vagar,
e depois de optar, esquecer
Deixar as coisas chegarem,
vindas de uma chancela remota,
nem lembrar que estivemos
por outras trilhas diversas
E nessa ânsia por querer
saber o certo, fazer o certo
é que rasgamos o fino véu
que arpeja ao vento da poesia
Para por fim, tombados à chuva
depurarmos as memórias do sol,
brindarmos com frio o passar do verão,
estacionários à poética dos tempos.
que é intensamente mordaz
e também naquilo tudo
que é silêncio e pesar
Nas auroras mornas, acalentadas
e nos invernos de lassidão
- enfadonha e inebriante
essa poesia que não operamos
Somos mais do que é possível
quando é de vida e de tempo
o nosso trottoir, vagar e vagar,
e depois de optar, esquecer
Deixar as coisas chegarem,
vindas de uma chancela remota,
nem lembrar que estivemos
por outras trilhas diversas
E nessa ânsia por querer
saber o certo, fazer o certo
é que rasgamos o fino véu
que arpeja ao vento da poesia
Para por fim, tombados à chuva
depurarmos as memórias do sol,
brindarmos com frio o passar do verão,
estacionários à poética dos tempos.
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