sexta-feira, 8 de janeiro de 2010




É puro o pranto gelado
do anoitecer de maio
Algo nele aquece-me:
uma brasa de crepúsculo
através das janelas que fecho
ou um gracejo de menina
que recordo-me assim,
aos poucos

Passa o sol por trás
das sombras e das folhas
Apresenta-se a noite com som
de coisas esquecidas
Como um embrulho negro
que enovela o dia,
escuro é o conforto
da noite querida

Se sozinho estou, amando fico
para desatar a eternidade
do vasto sepulcro das horas
Nas largas pradarias
que enxergo em minha essência,
respiro livre, elevado
e deste negro mausoléu,
para a vida eu ocorro.

Um comentário:

Anônimo disse...

as flores o são
enquanto as vemos assim
memórias contidas
mas não deveras armazenadas
surpresas não recebidas
apenas adentraram
críticos
definiem com seus bastões
postualados dourados