sábado, 9 de janeiro de 2010



Adaptado de "Crepúsculo", poema que escrevi em 1997.

 

No fim do dia
a lenta expiração
escreve o epílogo
que decresce
a luz do entardecer

No fim do dia
um silêncio, só
aquieta a voz
sonâmbula das casas
cristalinas de luar

No fim do dia
nuvens adiante
se banham de sangue
morrendo afogadas
naufragando no horizonte

No fim do dia
alguma estrela surge
e olhares embriagados
amores
adormecem na aurora

No fim do dia
o crepúsculo anoitece
a cena de areia, mar e vento
que se esvai
na tintura da noite

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