terça-feira, 8 de dezembro de 2009




Nesse chão arenoso, estrada de após
em que os passos eu findo,
nunca regresso, antigo, às brisas
que me trouxeram aos rumos de hoje
Eram frescas e cirucunstanciais...

Tortuosamente esbarro nas curvas,
vergadas por casualidade.
Sempre são inversas ao meu caso:
uma a uma se modelam arbitrárias,
e sucumbindo, amoldo-me

As razões, improvavelmente minhas
para este enovelado sorteio
de paisagens, de sortes e amores
são dadas a um sem-fim de autores,
regentes do meu acaso lírico

Todas as escolhas são atribuidas
a uma randômica aquarela etérea:
as gotas de matizes policrômicos
são as pedras que revelam a estrada,
que segue sinuosa e mansa

Deixar dito a quem, quando me for,
que é de vida e assim está:
confiar nesses tortos caminhos,
de cerne primitivo e de propósito turvo,
tantos e poucos...
E a quem convencer?

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