É plástico o som do silêncio
- nele aceito-me material
O costume de existir suspenso
constrange essa razão tátil
e, no vazio, soldo-me à vida
Tão forçosa e tão aflita
esta viagem que adentramos
a andar, acaso sem rumo
a apostrofar pelas idéias
intumescidas de confiança
e cegos de nossos jasmins
Não estaria convencido
a pisar com liberdade
em ladrilhos frescos, porosos
sem ouvir um sossego concorde,
sem avistar um tapete trigal
Por razões miúdas, por farelos
sempre haverá que divagar-se
Mas um peso sólido nos ancora
e em estacadas voltamos, a tapas:
é o fato, maciço e teso
sobrenadante das criaturas
que agora pairam, se entrebatem
nesse vôo congesto de idéias
Sem mais porto, sem mais luz
desfalecendo como vagalumes,
como restos de ruídos extintos
E nessa nobreza calada, rara
de fiéis momentos secretos,
é que então surgem calêndulas
tão amarelas que o trigo se cala
pois era o vento em suas cordas
que harpejava aquele sossego
- nele aceito-me material
O costume de existir suspenso
constrange essa razão tátil
e, no vazio, soldo-me à vida
Tão forçosa e tão aflita
esta viagem que adentramos
a andar, acaso sem rumo
a apostrofar pelas idéias
intumescidas de confiança
e cegos de nossos jasmins
Não estaria convencido
a pisar com liberdade
em ladrilhos frescos, porosos
sem ouvir um sossego concorde,
sem avistar um tapete trigal
Por razões miúdas, por farelos
sempre haverá que divagar-se
Mas um peso sólido nos ancora
e em estacadas voltamos, a tapas:
é o fato, maciço e teso
sobrenadante das criaturas
que agora pairam, se entrebatem
nesse vôo congesto de idéias
Sem mais porto, sem mais luz
desfalecendo como vagalumes,
como restos de ruídos extintos
E nessa nobreza calada, rara
de fiéis momentos secretos,
é que então surgem calêndulas
tão amarelas que o trigo se cala
pois era o vento em suas cordas
que harpejava aquele sossego
Um comentário:
"divagar-se"
muito bons seus textos..!
Postar um comentário