sábado, 19 de abril de 2008








Meu compasso é palpitar do peito
E minha cabeça, bússola sem norte
Gira e faz do incompleto o feito
Faz a vida sem censura ou corte


Caminho pelo desconhecido, sem visão
Nado pelo profundo, explorando o abissal
Qualquer sonho é utopia; qualquer achado, ilusão
Trilho caminhos contrários: o avesso é normal?



E diante de tal cegueira
Me perco em paralelos confusos
E que coordenadas devo seguir
Para te encontrar, assim, no escuro?



És minha orientação
Um farol
Um cruzeiro
Uma rosa levada pelos ventos


Segui latitudes e perdi o horizonte

Alcancei longitudes sem qualquer razão

Fiz possível o alcançar do distante

Em que ponto escondestes teu coração?



Contemplo o brilho da estrela do Norte

A busca segue com sentimentos feridos

O tempo voa e constrói a morte

Estamos todos igualmente perdidos

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