Esta vida arcádica de mil mãos,
mil pés e mil vértebras nuas
mastiga os agouros que plantas,
e na sombra minguante, desfaleces
O brilho das foices enternecidas
é a luz que clareia o plantado:
centelhas de laborar ao sol,
fagulhas de um ritual ingrato
Esta peçonha que te quer,
à distância come do teu chão
e as folhas verdes que cerceias
são tão cinzas quanto o amanhã
Folhas e galhos apontam para o céu
quando circunscrevem ao teu lado
as linhas de uma sorte ocre:
o testamento que jamais lerás
E de pé, louvando aos prantos
pela água, pela terra, pelos frutos,
é que então ofereces o próprio sangue,
as próprias mãos de mil solidões
mil pés e mil vértebras nuas
mastiga os agouros que plantas,
e na sombra minguante, desfaleces
O brilho das foices enternecidas
é a luz que clareia o plantado:
centelhas de laborar ao sol,
fagulhas de um ritual ingrato
Esta peçonha que te quer,
à distância come do teu chão
e as folhas verdes que cerceias
são tão cinzas quanto o amanhã
Folhas e galhos apontam para o céu
quando circunscrevem ao teu lado
as linhas de uma sorte ocre:
o testamento que jamais lerás
E de pé, louvando aos prantos
pela água, pela terra, pelos frutos,
é que então ofereces o próprio sangue,
as próprias mãos de mil solidões
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